Categoria: Maurice Nicoll

  • Nicoll (Time) – exterior-interior

    Em contraste com o naturalismo está o ponto de vista mais antigo que coloca o homem em um universo criado, parte visível e parte invisível, parte no tempo e parte fora do tempo. O universo, como o vemos, é apenas um aspecto da realidade total. O homem, como criatura de sentidos, conhece apenas as aparências…

  • Nicoll (Time) – naturalismo

    Mencionei que o naturalismo enfatiza o terceiro termo como causa. Por esse prisma, tendemos a ver tudo como quantidade e arranjo material em vez de qualidade, significado ou ideia. A ênfase está em um lado — no lado externo, extenso, dado pelos sentidos do universo. Ela corresponde a uma atitude que todos devem conhecer e…

  • Nicoll (Time) – ideia – forma – matéria

    É óbvio que podemos explicar uma cadeira por suas partes, mas essa é apenas uma maneira de pensar sobre ela, uma forma de verdade. A cadeira também deve ser explicada pela ideia na mente que a concebeu. Nenhuma investigação quantitativa, análise química ou exame microscópico pode detectar essa ideia ou nos dar o significado completo…

  • Nicoll (Time) – quantidades e qualidades

    A busca por fatos começou com o estudo do mundo fenomenal externo, ou seja, com a ciência. Ela fez com que a verdade parecesse estar apenas fora de nós mesmos — em fatos sobre a matéria. Ela procurou encontrar o princípio básico do universo, resolver seu enigma, descobri-lo em algo externo — no átomo —…

  • Nicoll (Time) – fatos

    Se uma arma é disparada de perto, vemos o clarão e ouvimos o relato simultaneamente e, portanto, conectamos um com o outro. Mas se a arma é disparada longe, no mar, à noite, vemos o clarão vívido e, muitos segundos depois, ouvimos o ar ser sacudido pelo estampido, porque o som viaja muito lentamente em…

  • Nicoll (Time) – aparências

    Estamos imersos em aparências. Esse é um dos significados da ideia de maya, no pensamento filosófico indiano. Não estamos separados do exterior porque o tomamos como certo. Estamos misturados a ele por meio dos sentidos, e nosso pensamento é moldado nele — isto é, em nossos sentidos. Duas ideias aparecem aqui: uma, que seguimos o…

  • Nicoll (Time) – sentidos e imagem do mundo

    Tudo o que vemos cai na retina do olho, de cabeça para baixo, como em uma câmera. Uma imagem do mundo refratada pela lente do olho cai na superfície da retina, onde é recebida por um grande número de terminações nervosas ou pontos sensíveis. A imagem é bidimensional, como a de uma tela, de cabeça…

  • Nicoll (Time) – senso de existência

    Nosso senso habitual de existência é derivado de coisas externas. Tentamos nos introduzir no mundo visível, para nos sentirmos em algo fora de nós, em dinheiro, posses, roupas, posição; para sairmos de nós mesmos. Sentimos que o que nos falta está fora de nós, no mundo que nossos órgãos dos sentidos nos descrevem. Isso é…

  • Nicoll (Time) – ideias

    Nesse [nosso] espaço interno podem surgir ideias. Elas podem visitar a mente. O que vemos por meio do poder de uma ideia não pode ser visto quando não estamos mais em contato com ela. Conhecemos a experiência de ver de repente a verdade de algo pela primeira vez. Nesses momentos, somos alterados e, se eles…

  • Nicoll (Time) – visível e invisível

    Todos nós podemos ver o corpo de outra pessoa diretamente. Vemos os lábios se movendo, os olhos abrindo e fechando, as linhas da boca e do rosto mudando e o corpo se expressando como um todo em ação. A própria pessoa é invisível. Vemos o exterior de uma pessoa de forma muito mais abrangente do…

  • Nicoll (Time) – espectador do Tempo

    Platão diz que tornar-se um espectador do Tempo é uma cura para a mesquinhez da alma. Vivemos em uma realidade estreita, em parte condicionada por nossa forma de percepção e em parte formada por opiniões que tomamos emprestadas, às quais nossa autoestima está presa. Lutamos por nossas opiniões, não porque acreditamos nelas, mas porque elas…