Ele [G] menciona seu acidente em julho de 1924, cujos efeitos o levaram a rever todas as suas atividades passadas e a liquidar essa fase do trabalho do Instituto e começar em novas linhas. Mais tarde, quando já estava bem o suficiente para ir a Paris, ele foi, mancando, com mais duas ou três pessoas, assistir a um filme chamado The Two Brothers. Revoltado com a bobagem sem sentido, aceitável apenas por causa do instinto de rebanho e do processo hipnótico geral, ele foi ao Café de la Paix e começou a elaborar um cenário que chamaria de Os Três Irmãos, baseado nas funções dos três centros. Depois de trabalhar nisso por algum tempo, e como resultado disso, veio-lhe à mente, a partir da lembrança de lendas ouvidas na infância sobre os primeiros seres humanos na Terra, a ideia de escrever um livro com Belzebu, que foi testemunha de todos esses eventos remotos, como o herói principal.
Com relação à Terceira série de seus escritos, ele diz que o conhecimento só é permitido àqueles que têm um conhecimento completo da primeira e da segunda [séries], e que começaram a se manifestar e a reagir às manifestações dos outros de acordo com seus ensinamentos. Ele pede àqueles que possam estar interessados em suas ideias que nunca leiam seus livros, exceto na ordem indicada, que nunca leiam suas obras posteriores até que estejam bem familiarizados com as anteriores. Se os livros não forem lidos na sequência correta, podem surgir fenômenos indesejáveis nas pessoas, que podem até paralisar para sempre a possibilidade de autoperfeição normal.
Ele menciona um experimento que estava fazendo, para que, na mentalização das muitas pessoas que o conheceram com base em suas ideias, mas que persistem em vegetar na Terra, e com as quais ele passou muito tempo sem benefício para elas ou para si mesmo — principalmente por causa da preguiça criminosa delas —, pudesse surgir algum choque de tal intensidade que permitisse a formação nelas (até mesmo automaticamente) de alguma forma própria do homem de PENSAMENTO E SENTIMENTO.
Ele conclui apelando àqueles que trabalharam com ele e que têm em sua individualidade aquele sentimento de autoavaliação que lhes deu algo que o homem comum não possui e também têm em si mesmos os dados necessários, com a ajuda de suas explicações detalhadas, para entrar no caminho que leva ao Ser Real. Ele lhes pede que se dediquem por um período definido — explicando suas ideias — a ajudar os filhos de nosso Pai Comum que, como eles, se desviaram e carecem, como fazem em seu mundo interior, de toda perseverança em relação à verdade objetiva.
Para aqueles que estão ofendidos com ele, ele diz: Acreditem em mim, durante todo o período de minha relação com vocês, meu mundo interior nunca abrigou impulsos egoístas ou altruístas; existiu sempre e em tudo, apenas o simples desejo de preparar com toda a perfeição para as gerações futuras a ciência da verdade objetiva da realidade.