Capítulo II — Níveis de Ser
Ciências Humanas
Todas as “ciências humanas”, como distintas das Schumacher Ciências Naturais – ciências naturais lidam, de uma forma ou de outra com o fator y — a consciência. Mas uma distinção entre a consciência (y) e conhecimento de si (z) é pouco elaborado. Como resultado, o pensamento moderno tornou-se cada vez mais incerto se há ou não há qualquer diferença “real” entre o animal e o homem. Muito estudo sobre o comportamento dos animais está sendo realizado com o objetivo de compreender a natureza do homem. Isto é análogo a se estudar física com a esperança de aprender algo sobre a vida (x). Naturalmente, desde que o homem, por assim dizer, contém os três níveis inferiores do Ser, certas coisas sobre ele pode ser elucidadas estudando os minerais, plantas e animais — na verdade, tudo pode ser aprendido sobre ele , exceto o que faz dele humano. Todos os quatro elementos constitutivos da pessoa humana — m, x, y e z — merecem estudo, mas não há dúvida sobre a sua importância relativa em termos de conhecimento para a realização de nossas vidas.
Essa importância aumenta na ordem dada acima, assim como as dificuldades e incertezas experimentadas pela humanidade moderna. Existe realmente algo para além do mundo da matéria, de moléculas e átomos e elétrons e inúmeras outras partículas pequenas, as mais complexas combinações que cada vez mais, supostamente, representam simplesmente tudo, desde o mais grosseiro ao mais sublime? Por que falar sobre as diferenças fundamentais, “saltos” na Cadeia do Ser, ou “descontinuidades ontológicas” quando tudo que se pode realmente estar certo são as diferenças de grau? Não é necessário para nós batalharmos sobre a questão de saber se as diferenças palpáveis e esmagadoramente óbvias entre os quatro grandes Níveis de Ser são melhor vistas como diferenças em espécie ou diferenças de grau. O que tem de ser plenamente compreendido é que existem diferenças em espécie, e não apenas em grau, entre os poderes de vida, consciência e consciência de si. Traços destes poderes podem já existir nos níveis inferiores, embora não notáveis (ou ainda não notados) pelo homem. Ou talvez eles sejam infundidos, por assim dizer, em ocasiões apropriadas de “outro mundo”. Não é essencial para nós ter teorias sobre sua origem, desde que reconheçamos a sua qualidade e, ao fazê-lo, nunca deixemos de lembrar que eles são além do que quer que nossa inteligência nos capacite criar.