Tag: psyche
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Rodney Collin (TCI) – memória
Agora podemos abordar a relação entre consciência e memória. A memória comum é um impulso que percorre o círculo da vida do homem apenas na direção do tempo. Ela surge de um momento de maior consciência; se não houver consciência, nenhuma memória é criada. A memória é o traço da lembrança potencial de si mesmo.…
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Nicoll (Time) – exterior-interior
Em contraste com o naturalismo está o ponto de vista mais antigo que coloca o homem em um universo criado, parte visível e parte invisível, parte no tempo e parte fora do tempo. O universo, como o vemos, é apenas um aspecto da realidade total. O homem, como criatura de sentidos, conhece apenas as aparências…
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Nicoll (Time) – quantidades e qualidades
A busca por fatos começou com o estudo do mundo fenomenal externo, ou seja, com a ciência. Ela fez com que a verdade parecesse estar apenas fora de nós mesmos — em fatos sobre a matéria. Ela procurou encontrar o princípio básico do universo, resolver seu enigma, descobri-lo em algo externo — no átomo —…
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Nicoll (Time) – aparências
Estamos imersos em aparências. Esse é um dos significados da ideia de maya, no pensamento filosófico indiano. Não estamos separados do exterior porque o tomamos como certo. Estamos misturados a ele por meio dos sentidos, e nosso pensamento é moldado nele — isto é, em nossos sentidos. Duas ideias aparecem aqui: uma, que seguimos o…
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Nicoll (Time) – espectador do Tempo
Platão diz que tornar-se um espectador do Tempo é uma cura para a mesquinhez da alma. Vivemos em uma realidade estreita, em parte condicionada por nossa forma de percepção e em parte formada por opiniões que tomamos emprestadas, às quais nossa autoestima está presa. Lutamos por nossas opiniões, não porque acreditamos nelas, mas porque elas…
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Cynthia Bourheault (Lei de Três) – A impressão do nada em algo (Terceiro Princípio de Boehme)
O Terceiro Princípio é o universo exterior e visível. Boehme vê esse mundo visível como uma interação constante entre o Primeiro Princípio e o Segundo Princípio, e ele nos lembra que “o trabalho eterno interno está oculto no mundo visível”1 e está sempre operando nele. Superficialmente, isso pode parecer uma tríade da Lei dos Três,…
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Peter Brook (Dossiers H) – a metáfora do ator
Gurdjieff usa com frequência a metáfora do ator para falar sobre o ser humano plenamente desenvolvido. Ele fala sobre desempenhar um papel na vida, respondendo a todas as demandas de situações variáveis, assumindo-as completamente, sem perder sua liberdade interior. Isso é exatamente o que se espera de um bom ator. O teatro mostra os movimentos…
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Peter Brook (Dossiers H) – oitavas
O que Gurdjieff chama de “ciência objetiva” usa a analogia musical para descrever um universo composto por uma cadeia de energias, da oitava mais baixa à mais alta. Podemos falar aqui de energias plurais. Cada energia é transformada à medida que sobe ou desce, de modo que pode ser mais grossa ou mais fina, dependendo…
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Roy Finch (Dossiers H) – cosmos sagrado (1)
Em primeiro lugar [para Gurdjieff] — e de forma abrangente — está a faculdade de ver o cosmo e tudo o que está incluído nele. Uma faculdade que entende a sensação, a emoção e o pensamento como parte de uma única Matéria Universal, um único Pleroma que se manifesta nos diferentes níveis de uma vasta…
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Lizelle Reymond (Anirvan:166-168) – método e ensinamento (1)
Gurdjieff fala muito sobre a pluralidade de “eus”. Em essência, ele diz: “Reduza todos os ‘eus’ à essência ‘eu’, sabendo de antemão que no lugar da essência você pode encontrar um ‘eu’ que tentará enganá-lo!” Inicialmente, teoricamente, o “eu” para o qual todos os “eus” convergirão é o Vazio. Por meio da sua disciplina atual,…
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Lizelle Reymond (Anirvan) – samkhya (1)
O sâmkhya é, por excelência, a filosofia prática transmitida por Kapila. O sâmkhya dá uma noção clara do espírito Purusha e da prakriti representada pela “grande natureza”. Esta última se manifesta essencialmente de forma mecânica, como todas as leis cósmicas que nos governam. Sei como é difícil transmitir valores espirituais profundos àqueles que foram criados…
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Schumacher (Guide:36-38) – Progressões entre níveis de ser (5)
Um número quase infinito de outras “progressões” poderia ser acrescentado às já descritas, mas esse não é o propósito deste livro. O leitor poderá preencher o que lhe parecer de especial interesse. Talvez ele esteja interessado na questão das “causas finais”. É legítimo explicar ou mesmo descrever um determinado fenômeno em termos teleológicos, ou seja,…
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Schumacher (Guide:30-34) – Progressões entre níveis de ser (3)
Há também uma progressão marcada e inconfundível em direção à integração e à unidade. No nível mineral, não há integração. A matéria inanimada pode ser dividida e subdividida sem perda de caráter ou gestalt, simplesmente porque nesse nível não há nada a perder. Mesmo no nível da planta, a unidade interna é tão fraca que…
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Arauto do Bem Vindouro (15)
No início, a manifestação desse estranho “fator psíquico” influenciava apenas minha atividade mental, mas não me perturbava como um todo, ou seja, os efeitos dessa manifestação não impediam o funcionamento estabelecido do meu organismo físico, com seu sistema psico-nervoso, nem do espírito, no sentido puro da palavra, e eu podia, mesmo em períodos de resistência…
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Arauto do Bem Vindouro (13)
Vejo-me obrigado — nesta, por assim dizer, declaração definitiva como escritor, que também terá de servir, entre outras coisas, como uma espécie de “prospecto” da nova fase de minha atividade incessante pelo bem-estar de meus vizinhos — a fazer um breve esboço da história do surgimento e desenvolvimento dos eventos e causas que foram responsáveis…
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Arauto do Bem Vindouro (12)
Antes de me aventurar a revelar a própria substância de meu primeiro apelo à humanidade contemporânea, considero essencial e até mesmo, em todos os sentidos, meu dever, expor — mesmo que apenas aproximadamente — os motivos que me compeliram a assumir todo o fardo de uma vida tão artificial. Essa vida prolongada e, para mim,…
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Arauto do Bem Vindouro – Abertura
Inspirado como estou por uma profunda convicção, proveniente de uma longa linha de elucidações e deduções experimentais que apontam para a conclusão de que, se um homem desejar sincera e seriamente, e não por mera curiosidade, alcançar o conhecimento do caminho que leva ao Ser Real, e se ele cumprir, para esse fim, tudo o…
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Orage (Nott:128) – Karnak
Karnak é uma palavra armênia e está ligada à ideia grega de que o corpo é o túmulo da alma. Os Relatos de Belzebu são dirigidos aos mortos, adormecidos no túmulo do corpo. O livro contém palavras proferidas pelo “Eu”. O que assim for compreendido será posto em prática. Não há nada no livro que…
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Alfred Orage: O Amor Consciente
Hay que aprender a distinguir entre tres tipos de amor por lo menos (aunque haya siete en total): el amor instintivo, amor emocional y amor consciente. No hay mayor peligro de que no se puedan aprender los dos primeros, pero el tercero es raro y depende tanto del esfuerzo como de la inteligencia. El amor…